7 Min com Emmanuel: #069 – Chamamento ao amor

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“Ao conhecimento o autodomínio, ao autodomínio a perseverança, à perseverança a piedade.”

II Pedro 1:6

Chamamento ao amor 

Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra, analisar a verdade e procurá-la são atitudes de que, efetivamente, não podemos prescindir, se aspirarmos à obtenção do conhecimento elevado entretanto, milhões de talentosos obreiros da evolução terrestre, nos séculos que se foram, esposaram a cultura intelectual, em sentido único, e fomentaram opressões que culminaram em pavorosas guerras de extermínio.

Incapazes de controlar apetites e paixões, desvairaram-se na corrida ao poder, encharcando a terra com o sangue e o pranto de quantos lhes foram vítimas das ambições desregradas.

Toda grandeza de inteligência exige moderação e equilíbrio para não desbordar-se em devassidão e loucura.

Ainda assim, a temperança e a paciência, por si só, não chegam para enaltecer o lustre do cérebro.

A própria diplomacia, aliás sempre venerável, embora resida nos cimos da suavidade e da tolerância, pelos gestos de sobriedade e cortesia com que se manifesta, em muitos casos não é senão a arte de contemporizar com o rancor existente entre as nações, segurando, calma, o estopim do ódio e da belicosidade para a respectiva explosão, na época que julga oportuna a calamitosas conflagrações.

O apontamento do Evangelho, no entanto, é claro e preciso.

Não vale a ciência sem temperança e toda temperança pede paciência para ser proveitosa, mas para que esse trio de forças se levante no campo da alma, descerrando-lhe o suspirado acesso aos mundos superiores, é necessário que o amor esteja presente, a enobrecer-lhes o impulso, de vez que só o amor dispõe de luz bastante para clarear o presente a santificar o porvir.

***

Comentário de Haroldo Dutra Dias:

Aprender sempre, instruir-nos, abrilhantar o pensamento, burilar a palavra, buscar e analisar a verdade constituem deveres de todos que almejam o aperfeiçoamento da inteligência, umas das asas que nos conduzem a Deus.

Todavia, sem o autodomínio que se traduz em moderação e temperança o conhecimento pode ser escravo das ambições desregradas encharcando a terra com o sangue e o pranto.

A temperança, por sua vez, se aperfeiçoa com a paciência – persistência – perseverança, que é a capacidade de reconhecer o espírito de sequência da natureza, aguardando o momento oportuno de agir e silenciar, suportando com firmeza as adversidades.

No entanto, esse trio de forças – conhecimento – temperança – paciência – não se levanta no campo da alma sem a presença do amor, que é sempre compromisso com o bem comum.

Emmanuel faz um convite ao amor a partir da palavra “piedade”, instigando o leitor a meditações mais profundas com respeito ao texto bíblico sob análise.

No sentido teológico, piedade pode ser expressa pelo conceito de “viver como Deus quer que se viva” , “viver como se espera de alguém que acredita em Deus”, ou ” viver fazendo sempre o bem aos outros”.

O Benfeitor, todavia, com admirável poder de síntese, e sem menosprezar a ideias acima expostas, assevera que a piedade é sempre compreensão e concurso fraternal, que no fundo são expressões concretas do amor.


Comentário da Revista Reformador, outubro de 1962, p. 218, e do Livro Palavras de Vida Eterna, Cap. 121, intitulado: Chamamento ao Amor


Produção: SER

Direção: Julio Coradi

Projeto: 7 Minutos com Emmanuel – cap 069

Gravação e Comentário: Haroldo D. Dias

Música: Alma das Andorinhas – João Cabete

Interprete: João Paulo Lanini – Violão

Edição: Rodrigo Binhara

Design: Rodolfo Mello

Foto: Herick Dias Barros

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