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Mt 24:1 | Léon Denis | A estrutura do Ser

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A estrutura do Ser

“Tendo Jesus saído do templo, estando partindo, aproximaram-se dele seus discípulos para lhe mostrar a estrutura do templo.”

 (Mateus 24:1)

 

1 O Ser espiritual, chama que dimana do Divino Poder, circunscrito à matéria perecível, mas com suficiente liberdade para entrever, por intermédio do pensamento, a imensidão do infinito.

2 O Ser, filho da Divina Consciência, ligado ao plano relativo, mas herdeiro do Absoluto: haverá para as ciências ou as academias onde reúnem-se os especialistas nas diversas abordagens psicológicas, na antropologia ou mesmo nas ciências biológicas, um desafio maior que compreendê-lo?

3 Em seus mistérios também se confundem os religiosos de todos os tempos, apesar de as revelações lançarem alguma luz sobre essas intricadas questões da origem e destinação do Espírito.

4 Quando colocamos o assunto sob a nossa análise, munidos das mais hodiernas descobertas da neurofisiologia ou de outras neurociências, bem como dos mais altos conceitos morais que advêm da correta compreensão do Evangelho, tentamos administrar o assunto submetendo-o à justa didática de graduação do conhecimento.

5 Qual a estrutura intrínseca do Ser?

6 Com os ensinamentos do Espiritismo, que descortina os mistérios milenares que velavam o entendimento adequado das palavras de Jesus, podemos dizer que o Ser, promanante do Criador das organizações estelares e de todos os focos de vida, projeta-se na milenar trajetória, ou melhor, pelo Criador é projetado – isento das complexidades de experiência e desconhecedor de sua destinação sublime.

7 Galga as primeiras milhas de vida permutando atração e repulsão, criando um campo único e específico de energias e tendências, sempre amparado pela mão carinhosa do Pai, que delicadamente o guia através dos milênios, qual um tutor abnegado e compreensivo que vigia a criancinha que abre os olhos para a nova vida, incapaz de subsistir sem o amparo e a proteção do adulto.

8 É a Providência Divina que, desde o primeiro segundo, assegura o enriquecimento e o desenvolvimento da mônada frágil e indecisa.

9 Desse modo, o princípio espiritual prossegue em seu périplo ascensional, vencendo-se nas experiências vagarosas dos reinos inferiores, por intermédio dos recursos que cada um tem a oferecer.

10 Da atração à memória, da sensibilidade à moralidade, dos instintos aos sentimentos, o Ser segue despertando para Deus, resguardado e amado.

11 No reino da humanidade, abre os olhos conscienciais, para seguir desenvolvendo os automatismos múltiplos de forma a transmutá-los em arbítrio e governo da vontade.

12 Aquecido e alimentado pelas revelações, o Ser se robustece de saber e sentimento, ensaiando, a cada passo, os voos conscienciais aos quais está destinado desde o princípio.

13 Como uma ave que se desenvolve, é necessário que troque a plumagem que a reveste de forma a adquirir a estrutura propícia às migrações.

14 Assim será que cada um de nós, avezinhas de Deus, necessitaremos desvestir a plumagem que reveste nossas convicções estruturadas nas experiências da infância moral, cedendo lugar para revestimentos mais resistentes e verídicos.

15 De quando em quando, mudaremos nossas roupagens novamente, através das múltiplas experiências reencarnatórias, em ricas excursões às terras do transcendente, por causa da enxertia a que estamos todos submetidos, seja pela misericordiosa oportunidade de partilhar com os mais experimentados, seja pelo instinto que nos garante a incursão nas presunções do supranormal, conforme adivinhamos por conta de nossa natureza íntima.

16 Em verdade, a criatura possui, desde os primevos movimentos na Criação, duas naturezas ou mesmo, e melhor dizendo, duas estruturas em desenvolvimento. Uma, a natureza divina, o DNA do Pai, a centelha da perfeição que o conecta à geratriz das altas virtudes, que o identifica com o Pai e com tudo o que ultrapassa o éter e seus inumeráveis desdobramentos.

17 A natureza divina, onde dormita e se agita a destinação sublime de cada ser, onde habita a vontade que rege a evolução multiuniversal e onde a vontade da criatura é fecundada e liberta.

18 Por essa estrutura caminham os filhos de Deus para os braços cariciosos da verdadeira felicidade e conectam-se, a cada passo da longa jornada, à verdade e ao amor que procedem do Absoluto. É essa a verticalidade que cria, ao longo da escalada moralizadora, constantes poderosas que, somadas à equação individual que cada ser cuida de desenvolver para si mesmo, impulsionam-no para o alto, pelas hipérboles ascensionais.

19 Outra natureza, ou estrutura, é a material. Essa é transitória, perecível, circunstancial, mas necessária. É a força que, funcionando pela horizontalidade, assimilará as ondulações que vertem da interferência da outra força – a divina – por causa das interações milenares entre Espírito e matéria.

20 Essa estrutura faculta ao homem utilizar-se das ferramentas da relatividade para entrever o Absoluto, por meio das fixações em forma de instintos e paixões.

21 As duas estruturas vivem e se chocam dentro de cada um de nós, convidando-nos ao constante analisar de nós próprios, de forma que possamos identificar uma e outra força e nos definirmos quanto ao nosso futuro.

22 Pensemos juntos novamente nas palavras da advertência do Cristo aos discípulos quanto à estrutura material do templo, após o deslumbramento que fora evidenciado.

23 Está posto no Evangelho que o Reino de Deus está em nós. Paulo escreve que somos o templo onde habita o Espírito Divino.

24 Ora, certamente que essa habitação será a nossa estrutura tendente ao espiritual, que a evolução moral vem robustecendo através da contagem incessante do tempo.

25 É, portanto, de nosso dever fortalecer em nós tudo quanto está ligado a essa estrutura, para estabelecer para a Divindade a moradia resplandecente das virtudes vivenciadas e assimiladas. A higienização e a reforma do templo íntimo são tarefas intransferíveis e urgentes. Nossa inteligência e nossas aspirações são nossos maiores aliados, desde que convenientemente educados.

26 Essa educação será empreendida com o exercício infatigável de ajustar nossa vontade aos padrões de excelência que foram estabelecidos pelo Cristo de Deus. 

27 Se em nós ainda vive qualquer dúvida quanto à possibilidade de execução de tão grandioso projeto com os recursos um tanto frágeis quais os que temos agora em nossa bagagem evolutiva – se é este o argumento que julgamos justificar a inércia a que se prendem nossas indecisões –, bastará relembrarmos uma única frase de Jesus que ecoa em nossos ouvidos desde há 2.000 anos: podeis fazer estas coisas e muito mais.

Léon Denis

Médium: Janaína Farias
Equipe mediúnica: portalser.org


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