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Mt 24:3 | Honório Abreu | As revelações

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As revelações

“(…) ‘Dize-nos quando serão estas coisas e que sinais haverá de tua vinda e da consumação das eras’.” 

(Mateus 24:3)

 

1 Após as revelações de Jesus no Horto das Oliveiras, com a visão ao longe de toda Jerusalém, inclusive do Templo, os discípulos perquirem quanto aos sinais que se devem esperar antecedentes aos fatos momentosos da consumação dos séculos. Em uma quase imposição, pedem a Jesus: “Dize-nos”. 

2 Queremos de Jesus as respostas aos questionamentos mais diversos. No entanto, seria de bom alvitre que nos atentássemos ao que buscamos do Senhor e qual a nossa intenção quando questionamos. 

3 No Evangelho, percebemos a psicologia profunda do Senhor no trato com aqueles que o buscavam, de maneira a responder o que realmente o interlocutor procurava ou necessitava; apesar de estar o discurso, frequentemente, em contradição com a intenção ou de o verdadeiro propósito estar sob as vestes das belas palavras. 

4 Também nós, que buscamos nos adaptar à disciplina mental proposta pelo esforço evangélico, muitas vezes procuramos pelo Senhor, inquietos e inseguros, ansiosos por acalmar as tempestades íntimas da dúvida e do desânimo. Procuramos e solicitamos: “Dize-nos”, esperando como respostas o que nós mesmos já entendemos como ideal. 

5 “Quando serão estas coisas”. Restritos pelo tempo – conforme o entendemos em nossa dimensão – como os discípulos, preocupamo-nos com estes moldes, de maneira a nos programarmos dentro do que consideramos adequado. Nessa afirmativa, os discípulos demonstram que creem e aceitam a previsão proposta pelo Senhor, buscando organizarem-se para o desiderato que lhes cabe. Contudo, percebemos que lhes faltam alguns ângulos do entendimento que o Senhor esclarecerá a seu tempo. 

6 Essa suposta precipitação é vista em nossos tempos. Mal entramos em contato com alguma revelação e já desejamos estabelecer conexões com os moldes de nosso conhecimento, “materializando” as diligências celestes para que possamos adaptá-las à vivência. Tal movimento é legítimo, embora deva ser reajustado para que nosso entendimento seja transcendente e não enclausuremos a revelação a ele. 

7 “Que sinais haverá de tua vinda”. Recordamo-nos, por conseguinte, do discurso enérgico do Senhor àqueles que procuravam sinais de que fosse ele o Messias prometido, afirmando que aquela geração pedia um sinal, e sinal algum seria dado1. Lembramo-nos também de sua instrução a Tomé2, quando pediu para ver as marcas da crucificação, na reunião no Cenáculo. Mas a solicitação em análise aqui vinha do círculo restrito, que guardava a intenção sincera de se preparar e perceber o tempo de transição que era anunciado. 

8 A palavra “vinda” procede do grego parusia, que, para os cristãos, diz respeito à segunda vinda de Jesus. Muitas interpretações do versículo do Sermão Profético se apegam à possibilidade de uma nova aproximação materializada de Jesus à Terra. Se nos atentarmos para o uso dessa palavra conforme as tradições gregas, poderemos admitir o contexto de preparação especial para receber alguma figura eminente, de autoridade, em um círculo de ação. Podemos, então, vincular o ensinamento a uma significação íntima quanto ao preparo da criatura para receber, no altar do coração, o Cristo interno: personificação da Promessa Divina em nosso favor, finalidade inarredável da evolução. 

9 Depreendemos de nossas reflexões alguns questionamentos íntimos muito válidos para nosso trabalho de autoconhecimento. Quando solicitamos sinais do Senhor, guardamos objetivos nobres e úteis enquanto trabalhadores de sua seara ou estamos apenas buscando justificativas para nossa descrença sistemática?

10 Porque, se procedemos com sinceridade de ideal e espírito progressista de investigação, de intenção nobilitante de trabalho, de produtividade no bem comum e jamais desvinculados da fraternidade cristã, o Senhor nos fornecerá sinais, e estes serão fartos e claros. 

11 “E da consumação das eras”. Se observarmos os originais do Evangelho em grego, perceberemos que a tradução que cita o fim do mundo, na verdade, refere-se a synteleia tou aiōnos, cujo significado é consumação do éon, ou seja, de uma era ou de um ciclo. 

12 Nos versículos anteriores, podemos ler sobre a suposta previsão da destruição do Templo de Jerusalém, que veio realmente abaixo no ano 70 da era cristã, por Tito. Se ajustarmos a previsão a uma visão condizente com a análise de nossa intimidade, poderemos compreender, conforme as palavras de Paulo3, que, sendo Templo Divino, o Espírito deve absorver a significação desta profecia em si mesmo, ou seja, compreender que os templos íntimos, erigidos à custa de nossa experimentação vacilante nos caminhos do bem, estão predestinados a ruir para que voltemos a adoração aos moldes da autenticidade. 

13 Poderemos considerar quais são os templos internos necessitados de serem derribados, quando construídos à custa da materialização dos potenciais enclausurados pelas limitações de nossos recursos. Somente assim se consumarão as eras, como etapas indispensáveis para a gradação evolutiva a que estamos destinados. 

14 O templo de pedras, que os discípulos admiravam tão empolgadamente, ruíra. Os nossos cederão à ascensão obrigatória, por intermédio de nossa movimentação evolutiva nas etapas conhecidas da evolução do Espírito, conforme aprendemos a partir da questão número 100 de “O Livro dos Espíritos”. No trecho, o codificador trabalha as três ordens e as classes que lhe são afeitas do desenvolvimento espiritual: a escala espírita. 

Honório Abreu

Médium: Janaína Farias
Equipe mediúnica: portalser.org


1 Mt 12:38; Lc 11:29-32; Mc 8:11-13.

2 Jo 20:27.

3 1Cor 3:16-17.

 

BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA de Jerusalém. Coordenada por Gilberto da Silva G.; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. 3 ed. São Paulo: Paulus, 2000.

DIAS, Haroldo Dutra (Trad). O Novo Testamento. Evangelho de João. 1 ed. 2 imp. Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Luís Olímpio Guillon Ribeiro. 93 ed. 1 imp. Edição Histórica. Brasília: FEB, 2013, questões 100.


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